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Histórias lendárias e mitológicas,

o terror dos que não têm Fé.

São muitas as lendas associadas à crendice popular. Não se sabe de onde, em que circunstancias e para quê elas surgiram, e o povo ao longo do tempo absorveu “histórias” contadas pelos mais velhos, que afirmavam serem todas verdadeiras.

 

Na minha infância e juventude era comum os adultos se reunir para “pôr a conversa em dia”, como costumavam dizer. Era um hábito muito bom os amigos mais comuns, os “compadres” e “comadres” se reunirem para “tomar um café” e atualizar as “informações”. Os assuntos versavam sobre os acontecimentos políticos, o custo de vida, a violência, problemas policiais, enfermidade, saúde e até mesmo a perda de amigos, parentes e familiares, bem como os sucessos e insucessos nas experiências vividas.

 

Esses encontros aconteciam sempre em um final de semana e as conversas começavam à tarde e iam até altas horas da noite, e eram assistidas por todos nós, adolescentes e crianças. As menores que ficavam ali por perto brincando acabavam dormindo pelo chão e depois levadas para a cama pela mãe hospedeira.

 

Os assuntos não eram programados e iniciavam de maneira aleatória. Um assunto puxava outro e, de repente, lá vinham as famosas histórias de “assombração”, contadas com tantos detalhes e requintes que se tinha a impressão de que os vultos que diziam aparecer às pessoas, estavam ali perto, e nós os adolescentes, ouvindo aquilo, ficávamos “petrificados” de medo. O corpo arrepiava todo, os cabelos pareciam ficar em pé e a gente tinha medo até de olhar para os lados! As “histórias” contadas eram sempre com base na morte de alguém, por suicídio, crime ou acidente, em algum trecho da estrada, local onde se encontrava uma “cruz” com uma coroa de flores e algumas imagens ou figuras de “santo”. Passar por esses lugares à noite era prova de muita coragem. A gente tinha muito medo de ver os “vultos” e pessoas, personagens das histórias contadas.

 

Era comum encontrar casas abandonadas ao longo das estradas, e até mesmo nas fazendas  onde, segundo contavam, alguém teria visto um vulto, ou ouvido um “barulho estranho” lá dentro, e o motivo era porque lá teria morrido alguém, e por isso, a casa ficou lá abandonada! Isto é fruto da crendice popular que se pode ver em todo o mundo, e que divide a opinião pública: há os que acreditam nas histórias e têm medo; os que mesmo crendo serem elas verdadeiras, não têm medo; e os que acreditam, mas não se preocupam porque têm Fé em Deus.

 

Os “crentes” ou “protestantes”, como eram chamados os evangélicos, surpreendiam a todos afirmando não temer essas coisas e passavam a qualquer hora da noite pelos lugares assombrados e ocupavam as casas abandonadas declarando a sua Fé em Deus, o Deus revelado na Bíblia, a Palavra de Deus portadora do Evangelho que é a nossa regra de Vida e Fé, que nos dá segurança e nos liberta de todos os medos, próprios dos que não estão alicerçados na Rocha, que é Cristo Jesus.

 

Nós, crentes em Cristo Jesus, que o aceitamos como o Senhor das nossas vidas, não temos o que temer, pois em Mateus 28.19 e 20, Ele nos orienta a viver pregando o evangelho e testemunhando os seus grandes feitos, e nos promete estar conosco sempre. E antes da sua vinda a este mundo, Ele nos diz em Provérbios 3.33, que a maldição do Senhor está na casa do ímpio, mas que o Senhor abençoa a habitação do justo; no Salmo 34.7 lemos que o seu anjo acampa-se ao redor dos que o temem e os livra; e nós, de nossa parte, já que cremos na sua Palavra, com base no Salmo 27.1, devemos seguir o exemplo do salmista e declarar: “o Senhor é a minha luz, a minha salvação e a força da minha vida; de quê ou de quem terei medo?”

 

Com Estimas

Ridaut Dias Silva

Membro da IM em Tucuruvi
Março de 2014

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